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Presidente de sindicato exige repasse imediato do depósito do governo pela rescisão do contrato de transmissão para o pagamento de salários atrasados de atletas
A crise institucional do futebol argentino dói no bolso e pode levar a uma greve que impeça o reinício do campeonato da primeira divisão e outras quatro categorias, programados para sexta-feira. O presidente do sindicato dos jogadores (FAA), Sergio Marchi, disse nesta terça que a situação ficará em suspenso até que seja repassado para os atletas o dinheiro que o governo do país deve pela rescisão dos contratos de transmissão e prometeu depositar para a Federação Argentina de Futebol (AFA).
– A maneira mais eficiente para evitar esta greve e para que os jogadores possam receber seus salários é fazer uma operação razoável: quando entrar na conta da AFA o dinheiro que o governo deve, tem que ser transferido aos jogadores – disse Marchi à emissora de televisão “TyC Sports”.
A AFA anunciou na semana passada ter chegado a um acordo para superar a pior crise institucional e de luta pelo poder de sua história. O dinheiro, porém, é peça fundamental para resolver a situação.
– Não queremos aumento de salário, não queremos regalias. Para que esta atividade seja sustentável, os jogadores precisam receber seus salários – afirmou Marchi.
A greve dos jogadores é outra derivação da crise. O governo deve US$ 33 milhões (cerca de R$ 99 milhões) à AFA pela rescisão do contrato de transmissão gratuita dos jogos na televisão. A pendência dos clubes com os jogadores, porém, também é milionária. Alguns estão com quatro meses de salários atrasados e esperam que sejam quitados nesta quarta-feira.
– Nunca vimos uma situação assim. Estamos sobrevivendo. Não há dinheiro nem para treinar. Se a FAA entrar em greve, será de grande ajuda para nós – disse Santiago Davio, do Argentino de Merlo, da quarta divisão.
Os membros da AFA aprovaram na última sexta-feira um estatuto novo para a federação e devem anunciar nesta semana a empresa internacional que será responsável por transmitir os jogos na televisão. Ainda há, porém, divergências na entidade na forma de eleger o presidente e a nova cúpula diretora.
Fonte:Comando Geral