Ouça a Caraipe fm

Play
Pause

21 de December de 2024

Ouça a Caraipe fm

Play
Pause

BA ocupa segundo lugar em ranking de trabalho infantil, aponta IBGE

Compartilhe:

 

A Bahia ocupa o segundo lugar entre os estados brasileiros com maior número de crianças trabalhando, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), do IBGE, referentes a 2015. O levantamento aponta que, desde 2002, quando a Bahia liderava o ranking, houve uma redução de 74,4% do trabalho infantil, no entanto 71,7 mil crianças seguem trabalhando no estado.

O recorde da pesquisa foi divulgado nesta segunda-feira (12), Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil. A data simbólica foi lançada em 2002 pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), para chamar a atenção para esse que é considerado pelo órgão um “problema mundial”.

Na faixa etária de 5 a 14 anos, o trabalho é proibido por lei. O estado, atualmente, fica atrás apenas de Minas Gerais, que tem 93.015 crianças trabalhando

Conforme a pesquisa, em 2002, a Bahia era o estado brasileiro com maior número de crianças de 5 a 14 anos trabalhando: 279.974 e que, até 2015, quando foi realizado o último levantamento, a redução foi considerada “expressiva”.

Outros estados nordestinos, no entanto, como Alagoas (-85,4%) e Ceará (-91,6%) registraram reduções mais significativas do trabalho infantil. Conforme o IBGE, a Bahia teve apenas a 11ª maior redução no trabalho infantil, dentre os 27 estados brasileiros.

No Brasil como um todo, ainda de acordo com o levantamento, a redução do trabalho infantil também foi expressiva: de 2002 para 2015, o contingente de crianças de 5 a 14 anos trabalhando caiu 70,8%, passando de 2,2 milhões para cerca de 639 mil. O percentual de crianças trabalhando também recuou de 6.5% para 2,1% nesse período.

Trabalho masculino e agrícola

O trabalho infantil na Bahia, assim como no Brasil como um todo, é predominantemente masculino e agrícola. Praticamente 7 em cada 10 crianças que trabalham no estado são meninos (69,7%), proporção muito próxima à média nacional (70,9%). E quase 2 a cada 3 crianças baianas ocupadas trabalham em atividades agrícolas (62,1%, frente a uma média nacional de 56,5%).

Na Bahia, a predominância do trabalho no campo é um pouco mais marcante entre os meninos. Dos 50.052 que trabalhavam em 2015, 31.689 (63,3%) estavam em atividades agrícolas. Já entre as 21.721 meninas baianas que trabalhavam, a participação das atividades agrícolas, embora ainda majoritária, era levemente menor: 59,3%.

Quando trabalham em outras atividades, que não sejam agrícolas, os meninos predominam no comércio e reparação (7.167 dos cerca de 50 mil que trabalham ou 14,3%) e nas atividades de alojamento e alimentação (3.806) enquanto as meninas estão bastante concentradas no serviço doméstico (3.917 ou 18,0% das que trabalham), vindo em seguida os outros serviços coletivos, sociais e pessoais (1.904).

Escola

Entre as crianças de 5 a 14 anos de idade que trabalham, a frequência à escola é ligeiramente menor que a média geral nessa mesma faixa etária.

Em 2015, tanto na Bahia quanto no Brasil, 98,0% do total de crianças de 5 a 14 anos estavam na escola. Entre as que trabalhavam, esse percentual, embora se mantivesse elevado, caía para 96,0% no país e 93,0% no estado.

Isso significa que, apesar de o trabalho nessa faixa etária ser ilegal, cerca de 26 mil crianças brasileiras e 5 mil crianças baianas de 5 a 14 anos apenas trabalhavam, e não frequentavam o sistema escolar.

G1

Compartilhe:

Leia mais

Fiscalizacao velocidade
Forum Itabela
Investimentos da Apple na Bahia
PRF
Processo contra deputados
Demarcação terra indigena
Acao MPF
Bicho preguiça resgatado
Cumprimento mandados
Estudo de potencial
Sac Movel
Recursos assentamentos capa

Rede Sul Bahia de Comunicação - 2023 ©. Todos os direitos reservados

Rede Sul Bahia de Comunicação - 2023
© Todos os direitos reservados