A decisão do governo de elevar as taxas de impostos sobre os combustíveis para aumentar suas receitas é extremamente prejudicial ao País, sobretudo para a população mais pobre, uma vez que este tipo de encargo reflete cruelmente em setores sensíveis da economia, o que, consequentemente, eleva os preços dos alimentos e produtos essenciais, penalizando os trabalhadores e suas famílias.
Para a Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), esta decisão do governo Temer e de sua equipe econômica representa um acinte diante da utilização de recursos do orçamento da União para o pagamento de juros e amortizações da dívida – que só em 2016 chegou a quase 44% do orçamento de R$ 2,57 trilhões.
Além disso, vem sendo amplamente divulgado o pacote de benesses do governo ao Congresso Nacional. Em junho R$ 1,8 bilhão foi liberado em emendas parlamentares durante a tramitação da reforma trabalhista. Só com propaganda sobre a reforma da Previdência, o governo gastou R$ 100 milhões.
Para 2017, o Executivo vai reduzir sua arrecadação de R$ 13 bilhões para R$ 500 milhões com o novo Refis. A Receita Federal estima ainda que deixarão de ser arrecadados R$ 7 bilhões em 2018, R$ 8 bilhões em 2019 e R$ bilhões em 2020.
Em junho, segundo a ONG Contas abertas, o governo liberou R$ 134 milhões em emendas parlamentares a 36 dos 40 deputados que votaram a favor do presidente no pedido de abertura de investigação contra ele na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara.
Diante deste cenário de desperdício de dinheiro público para atender a interesses de uma elite e do sistema financeiro, a CSB condena a atitude do Executivo de aumentar impostos, o que afundará ainda mais a economia, a geração de empregos e a renda dos brasileiros.
Somente com a redução drástica das taxas de juros, o desenvolvimento da indústria nacional e o incentivo à produção interna é que o Brasil retornará para a roda do crescimento econômico e se tornará uma Nação digna para seu povo. (Central dos Sindicatos Brasileiros)