A raiva é uma zoonose de etiologia viral que atinge pessoas, animais domésticos e silvestres, sendo transmitida através de mordidas e contato com a saliva. Atualmente, a principal forma transmissão no estado de se dá através do contato com morcegos de quaisquer espécies, hematófagos ou não, com pessoas e animais. A raiva é letal na totalidade absoluta dos casos. Animais domésticos devem ser vacinados anualmente e ao contato com animais suspeitos, o ferimento deve ser lavado com água e sabão e de imediato deve-se procurar os serviços de saúde.
O programa nacional de profilaxia da raiva (PNPR), criado em 1973, implantou entre outras ações, a vacinação antirrábica canina e felina em todo o território nacional. Essa atividade resultou num decréscimo significativo nos casos de raiva naqueles animais, e com isso permitiu um controle da raiva urbana no país.
O primeiro grande surto de raiva descrito foi na França, em 1271, quando uma vila foi atacada por lobos raivosos e as 30 pessoas que morreram tinham mordeduras infectadas. Existem referências de surtos de raiva na Espanha em 1500, na cidade de paris em 1614 e assim quase toda a Europa central.
A primeira vacina contra a raiva deve-se ao célebre microbiologista francês Louis Pasteur, que a desenvolveu em 1885.
Os espasmos podem ser terrivelmente dolorosos. Uma brisa leve ou uma tentativa de beber água podem desencadear os espasmos. Consequentemente, quem sofre de raiva não consegue beber. Por esse motivo, a doença recebe, por vezes, o nome de hidrofobia (medo da água).
Também podem ocorrer delírio, convulsões, coma e óbito. Quando transmitida por morcegos a evolução pode ser mais lenta. A literatura médica registra apenas alguns casos de sobrevivência, todos com graves sequelas.