O aposentado João Guilherme de Lima, de 68 anos, gasta cerca de R$ 600 por mês com remédios, o que representa quase metade de sua renda mensal. São 16 comprimidos por dia para tratar uma doença no coração, diabetes e pânico. “Hoje de 40% a 50% da minha renda vai para remédios, é muita coisa”, afirma Lima, que é aposentado por invalidez e mora com a mãe, com quem divide as contas domésticas.
Com o reajuste de remédios autorizado pela Cmed (Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos), de até 10,98%, os gastos podem aumentar ainda mais. Na prática, um remédio que custe R$ 100, pode chegar a até R$ 110 com o novo reajuste autorizado pelo governo. Para tentar driblar os aumentos, Lima está pensando em usar o cartão de crédito. Atualmente faz todos os pagamentos da farmácia no débito. “Eu extrapolei com o cartão de crédito, então o quebrei para não usar mais, mas agora estou pensando em pegar um novo, justamente para pagar a farmácia. Estou sentindo um gasto muito alto com remédios”, declara Lima.
Como conseguir remédios de graça? É possível encontrar remédios grátis para doenças crônicas, como diabetes, asma e hipertensão. O benefício não está direcionado apenas a quem é usuário do SUS (Sistema Único de Saúde). Quem tiver uma receita de uma clínica particular também pode contar com o programa. Para pedir os medicamentos, a pessoa precisa ir até uma farmácia que possua o logo “Aqui tem farmácia popular” ou em uma UBS (Unidade Básica de Saúde) que tenha o serviço. É preciso apresentar a receita médica e um documento com foto.