O advogado José Eduardo Alckmin confirmou que o senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG) teve encontro e pediu R$ 2 milhões a Joesley Batista, um dos donos da JBS, mas negou que a transação tenha sido pagamento de suborno, de acordo com o jornal O Globo. Segundo o advogado, o senador pediu o dinheiro por empréstimo e mais tarde pagaria a dívida. Ele disse ainda que o senador recorreu ao empresário e não a um banco porque os dois são amigos e também porque os juros bancários estão altos.
“Todos nós pedimos empréstimos, afinal de contas. Você sabe muito bem que nem sempre os juros são aceitáveis. Então a gente tem um amigo que pode ajudar, a gente pede ajuda”, disse ao jornal.
Ainda de acordo com a publicação, ele também negou que Aécio tenha usado um intermediário para buscar o dinheiro porque queria camuflar a transação e, com isso, se manter longe da fiscalização. Alckmin argumenta que, como se tratava de um valor expressivo, o senador teve que recorrer a ajuda de terceiros. No caso, um dos ex-coordenadores da campanha dele à presidência da República Frederico Pacheco Medeiros, primo do senador. Ele disse ainda que, na conversa com Joesley, Aécio falou em matar o intermediário por brincadeira.
“Foi um chiste”, minimizou.
Alckmin fez as declarações depois de passar mais de quatro horas em reunião com Aécio. Ele chegou na casa do senador às 8h10 e só deixou o local por volta das 13 horas. O advogado disse que o senador não está “envergonhado” pela acusação de pedir propina de R$ 2 milhões. Aécio estaria irritado com as acusações surgidas contra ele, contra a irmã Andrea Neves e o primo. “Ele esta indignado”, disse Alckmin.
BNews